BARCELONA, Catalunha - O verbo ravalejar está conjugado e pintado em uma parede do Raval . O verbo bornear não vi pelas esquinas do Born, mas é fácil imaginar a conjugação. Porque em Barcelona agora é assim: ou você ravaleja ou bornea. Os dois bairros, cada um de lado das Ramblas sempre superpovoadas de gente até em forma de estátua, reúnem o que hoje há de mais bacana na capital da Catalunha. Para quem conheceu Barcelona depois das Olimpíadas de 1992, quando tudo já parecia ter um jeito diferente e moderno, é uma agradável surpresa voltar à cidade catalã e descobrir novas (e ótimas) áreas revitalizadas. Para quem ainda não conhece, acrescentar ao roteiro um bairro fora do circuito abre outras perspectivas. Aqui, você vai poder decidir se é Born ou Raval. Ou então, descobrir que, sim, é possível aproveitar o melhor de dois mundos.
Bares e lojas de gastronomia e design se espalham pelo bairro de Born
Carrer Montcada, dez da manhã. Grupos de visitantes se amontoam na entrada do Museu Picasso. Esse é o único lugar no qual se verá aglomeração no Born. Não que turistas não estejam por lá; eles estão, como comprova o cardápio em inglês na foto da capa desta edição. Mas o Born ainda não é o primeiro destino da maioria. E a maioria não sabe o que está perdendo. Visitar Barcelona, passear pela Ciutat Vella, chegar ao Museu Picasso e não ir além é como estar ao Rio, conhecer Ipanema e nunca atravessar o Jardim de Alah para andar no Leblon.
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